Assim como a ópera, o oratório é considerado um gênero dramático, pois existe uma história a ser contada. De certa forma, ele surgiu como uma forma "conservadora" da ópera, que usava temas profanos, dança, figurino, encenação, etc. A ópera era condenada pela igreja e desta forma, o oratório surgiu com temas sacros, sem todo o aparato teatral presente na ópera, porém vale ressaltar que no oratório também existem personagens. Ele é uma espécie de ópera com temas sacros só que em forma de concerto. E se considermos sua dimensão, o oratório é como se fosse uma grande cantata. Eu sei que é uma comparação estranha, mas no fundo, é isso mesmo. Uma informação final mas não menos importante: os oratórios costumavam ser executados no período da quaresma, quando as óperas (que eram extremamente populares) não podiam ser feitas.
Em um dos vídeos abaixo é possível ver um dos oratórios mais famosos, Messias, de Haendel, sendo encenado (o que provavelmente não seria bem visto na época em que foi composto). O fato é que o oratório foi assumindo outras formas e temáticas ao longo da história da música, inclusive temas profanos.
Dicas de apreciação musical:
Encenação do oratório Messias, de Haendel.
Oratório Christus, do Liszt. Ele não é muito conhecido mas é muito bonito. Só que o que tem de bonito, tem de longo. São 3 horas de música.
O sempre polêmico e genial Stravinsky com Oedipus Rex, uma ópera-oratório (fique à vontade para criar sua própria definição... haha)